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Mostrando postagens de junho, 2020

Lendas de Òsún

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Oxum sempre foi mulher vaidosa, bela e elegante ofuscava a todos com seu brilho vistoso. Uma coisa, porém fazia-lhe falta, queria muito saber sobre os mistérios de Ifá. Tinha sede do conhecimento dos oráculos, precisava conhecer o passado, presente e futuro, somente assim se sentiria realizada. Pensou bastante a respeito e resolveu procurar Exu, usou toda sua doçura e encanto para que ele lhe ensinasse os segredos. Exu sentiu-se atraído pela bela mulher, mas não era de entregar nada gratuitamente e lhe propôs um trato. Se ela ficasse junto dele por sete anos fazendo todos os serviços de sua casa, entregaria os mistérios que ela tanto desejava. Oxum aceitou e durante todo o tempo do trato, lavou, passou e cozinhou para Exu. No final do período tratado, Exu cumpriu o que havia prometido e liberou-a. A moça, entretanto havia se apaixonado e mesmo com os segredos em mãos preferiu continuar morando com ele. Assim viveram por muito tempo em perfeita harmonia. Um dia Oxum estava à beira de

PARÁBOLA DO OBÍ

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Contam os nagôs ìgbómìna em solo brasileiro, que, após o cataclismo que separou a Terra (Àiyé) do Infinito (Sànmá), os habitantes do planeta Terra (ará-àiyé) não mediram esforços para aplacar a ira do Criador. Inúmeros preceitos e várias oferendas foram realizados em prol da obtenção do perdão do Senhor do Universo. A remissão da pena era de suma importância, pois todo o contato com o Cosmo havia se perdido. Tantas foram as oferendas e súplicas que Olódùmarè apiedou-se e concedeu aos habitantes da terra um indulto pela falta cometida, permitindo o nascimento de um profeta. O mesmo ao nascer deveria chamar-se ‘Obí’. Este ser predestinado não poderia discriminar as pessoas, tampouco recusar o atendimento às mesmas, sob pena de perder seus poderes. A palavra de Olódùmarè se cumpriu. Nove meses depois, nasceu o menino que recebeu o nome de ‘Obí’. Os anos se passaram. Com o decorrer dos mesmos, ‘Obí’ tornou-se um homem famoso nos lugares mais longínquos do mundo. Infelizmente, não

Escute as Recomendações do seu Sacerdote!

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Ewó – Os Interditos na Religião dos Òrìsàs “Minha Ìyálòrìsà me disse que eu não podia comer Cajá, eu comi e não me fez mal algum, esse negócio de Ewó é conversa fiada”! Talvez pela falta de informação ou conhecimento acerca da cultura dos Òrìsàs, muitas pessoas pensam dessa forma, ou seja, se comeu e não sentiu nada, não tem problema nenhum, pois não é Ewó, será que é isso mesmo? Antes de tudo é preciso entender o que são os Ewó. Na religião dos Òrìsàs, acreditamos que ao longo da vida, todos os seres e Divindades passaram por momentos de alegria, felicidades, dificuldades, decepções, etc. Nessa ótica, aquilo que motivou ou desencadeou, por exemplo, um processo de decepção, tornou-se um interdito para aquele ser/Divindade. Há alguns meses foi publicado no site “Casa de Oxumaré”publicamos (de onde retiramos esta matéria),  a razão de Ògún usar màrìwò. À época foi publicado que quando ele entrou mata adentro, envergonhado por ter matado o cachorro guardião do mercado da

OS NOVE ÓRUN DE OYÁ

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Assim como Nanã e Obaluaê, Iansã também está ligada ao culto dos mortos, dos Eguns. Porém, ao contrário destes, Oyá não determina a vida ou a morte, sua função limita-se em guiar, conduzir, o espírito desde seu despr…endimento do corpo até um dos nove Orùns, de acordo com as orientações e/ou julgamento de Olodumaré. Para assumir esse “cargo”, Iansã, segundo a mitologia Yoruba, após inúmeras tentativas, convenceu ou conquistou a confiança de Obaluaê, que lhe ensinou a lidar e comandar os Eguns. Porém, Iansã recebeu de Oxossi um Erukerê especial, chamado de Iruexim ou Eruxim, feito de rabo de cavalo, que tem o encantamento de comandar ou se proteger desses espíritos. Assim, Oyá encaminha os espíritos a um dos nove Oruns, que são: Orun Alààfia: Espaço de muita paz e tranqüilidade, reservado para pessoas de temperamento brando, índole pacífica. Bondosas, pacatas. Orun Funfun: Espaço para os inocentes, espíritos de crianças, de pureza de sentimentos e intenções. Orun Bàbá Eni: Espa

Pombo Gira Rosa Negra

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A Pombo gira Rosa Negra pertence à falange de Dona Rosa Caveira e das Pombo Giras que trabalham com Rosas, Dona Rosa Caveira, Sete Rosas, Rosa Vermelha, Dama das Rosas entre outras, são Pombo Giras ligadas a sexualidade e sensualidade, o que difere a Dona  Rosa Negra das demais é que ela esgota as ações negativas ligadas a questões afetivas, sensuais e até sexuais..  Contam que em sua última encarnação foi uma escrava em uma fazenda na Bahia. Rosa Negra é muito rara,    de difícil aparição   Adotou o nome Rosa por pertencer à falange de Rosa Caveira, e Negra, devido a sua última encarnação, como escrava, numa alusão à sua pele.    Pessoas que praticam trabalhos de amarração, pessoas que cometem adultério entre outras coisas são cobradas por esta Dama da Rosa Negra. É uma Pombo Gira que conta com aliadas como a Pomba Gira Dama da Noite, seu campo de atuação é vasto, cruzeiro das almas, campos, bosques, florestas, encruzilhadas, todos os locais que uma rosa puder crescer

Os 9 Oruns

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Òrun Afééfé – Espaço da aragem; local de correção e onde os espíritos permanecem até serem reencarnados. Òrun Ìsálú – Também denominado Asálú, onde são realizados os julgamentos dos espíritos. Òrun Àpáàdí – O local dos erros impossíveis de reparar. Òrun Rere – Lugar para aqueles que foram bons em vida. Òrun Burúkú – O espaço destinado às pessoas más. Òrun Àlàáfíà – O local de paz e tranquilidade. Òrun Bàbá Eni – O òrun do pai das pessoas. Òrun Àkasò – Espaço destinado à passagem dos espíritos do òrun ao àiyé, no momento de sua reencarnação. Òrun Oké Ora – Local do òrun, de onde partiu Odùdúwà para o àiyé. Ora é também o nome de um lugar perto de Ilé Ifé onde Odùdúwá e seus amigos teriam vivido por várias gerações antes de invadir as terras Yoruba. ESPAÇOS ESPIRITUAIS POR ONDE CIRCULA NOSSA ALMA AQUI SE ENCONTRA O MISTÉRIO, POR ONDE A ALMA DE TODOS SERES HUMANOS CIRCULAM, PARA ALCANÇAR A PERFEIÇÃO: 1- ORI IPAKO (PARTE OCCIPITAL) DA CABEÇA, IGUAL A TRASEIRA.