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Mostrando postagens de abril, 2018

O mar de pessoas que foram iniciadas no Orixá errado

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O Meu Coração Africano mudou a minha vida e tem mudado a vida de algumas pessoas. Nunca conheci tantas pessoas em tão pouco tempo e jamais imaginei que isso poderia acontecer um dia. Ouvi histórias incríveis de força e luta, assim como algumas que me fizeram ter vontade de passar para o outro lado do computador e chorar junto com a pessoa e abraçá-la por uma vida e dar a ela todo apoio possível. O que eu mais desejo com esta página é causar o despertar da concepção de Ori na vida das pessoas. Perdemos muito tempo da vida procurando respostas no lugar errado. Presunção minha? Talvez. Cada um luta pelo que acredita. E eu sou dessas que perco a esperança as vezes, mas sempre retorno com muito mais força. Você não tem ideia da quantidade de pessoas que conheci, que relatam que estão com a vida lascada, no fundo do poço e continuam cavando mais fundo, por que fizeram o santo (orixá) errado em suas iniciações. Minhas mãos ficam geladas, meu coração acelera e eu tenho uma pequena c

O QUE É KIUMBA? (Quiumba)

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Existem casos de médiuns desavisados, não doutrinados, ignorantes e não evangelizados, que abrem as portas da sua mediunidade para a atuação de Kiumbas, verdadeiros marginais do baixo astral, que tudo farão para ridicularizar não só o médium, como o terreiro, bem como a Umbanda. Em muitas incorporações onde a entidade espiritual ora se faz presente como Guia Espiritual e hora como Guardião, ou é a presença do animismo do médium (arquétipo) ou é a presença de um Kiumba. Vamos estudar e entender a atuação dos Kiumbas, para uma fácil identificação: O Kiumba nada mais é do que o marginal do baixo astral, e também é considerado um tipo de obsessor. Espíritos endurecidos e maldosos, que fazem o mal pelo simples prazer de fazer, e tudo o que é da luz e o que é do bem querem a todo custo destruir. Esses espíritos, “Kiumbas”, vivem onde conhecemos por “Umbral” onde não há ordem de espécie alguma, onde não há governantes e é cada um por si. Muitas vezes são recrutados através de p

Kukuana

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A nação de Angola, assim como todas as outras, possui e comemora as datas festivas com entusiasmo e muita alegria, trazendo em público suas tradições. Nessa postagem, quero ressaltar uma comemoração muito pouco conhecida dos iniciantes e alguns adeptos do Candomblé, a Kukuana.  A Kukuana é uma festa de Angola (Olubajé - Iorubá / Zandró - Jeje) realizada no mês de agosto em homenagem ao Nkisi Kavungo. É um ritual com 7 dias de duração (se for dia 16, começa no dia 10). Como Kavungo responde com 7 búzios abertos e 9 ficam fechados, para se quebrar a kisila do 9 faz-se um balaio com comidas de Kiala, não podendo faltar 9 acarajés para Kaiangu. Na véspera da festa todos os filhos de Kavungo devem copar para o seu santo um bicho de pena. Nenhum filho de santo da casa poderá faltar as rezas. Dentre todas as rezas, a principal é a Fakoti (principal de Kavungo). Todos os filhos de santo não poderão se sentar à Roda sem que tenham tomado seu jawá e assendido sua vela em volta do balaio de

Existe santo feito errado?

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Existe santo feito errado? Não. Não existe santo feito errado. O que existe são diversos zeladores de santo que desconhecem fundamentos de egum, fundamentos de Iyámi, fundamentos de Odu, fundamentos de Ori, e aí por desconhecer esses fundamentos e só conhecerem os fundamentos de Orixá, eles não fizeram a fundamentação completa e correta, sendo assim, a vida do filho de santo, do Iyawo, não vai para frente e aí vemos o próprio filho ou até mesmo outros zeladores mal informados por verem a vida daquele filho ruim, falam logo que ele fez o santo errado.   O que existe é santo malfeito, porque ficou faltando fundamento de Odu na obrigação, ficou faltando fundamento de ancestralidade, de egum, de Iyámi, de Ori e questões que estão ao redor, que envolvem uma iniciação de Orixá, uma iniciação plena e completa. Muitas vezes, pessoas que acham que fizeram o santo errado, ao parar numa mesa de jogo, essas pessoas descobrem que estão com problemas com Babá-egungum, problemas com a

Bori

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Bori Da fusão da palavra Bó, que em Iorubá significa oferenda, com Ori, que quer dizer cabeça, surge o termo Bori, quer literalmente significa - "oferenda à cabeça". Do ponto de vista da interpretação do ritual, pode-se afirmar que o Bori é uma iniciação à religião, na realidade, a grande iniciação, sem a qual nenhum noviço pode passar pelos rituais de raspagem, ou seja, pela iniciação ao sacerdócio. Sendo assim, quem deu Bori é Iésè Órisá). Cada pessoa, antes de nascer escolhe o seu Ori, o seu princípio individual, a sua cabeça. Ele revela que cada ser humano é único, tendo escolhido as suas próprias potencialidades. Odu é o caminho pelo qual se chega à plena realização de Ori, portanto não se pode cobiçar as conquistas dos outros. Cada um, como ensina Orunmilá - Ifá, deve ser grande no seu próprio caminho, pois, embora se escolha o Ori, antes de nascer na terra, os caminhos vão sendo traçados ao longo da vida. Exú, por exemplo, mostra=nos a encruzilhada, ou seja

Axexê

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Sem o axexê não existe o começou, não há existência, ele é a a passagem da existência individual de cada um, pois o corpo aqui no aiê, a terra, é apenas um duble, um instrumento. E o fim dessa passagem que dá inicio a um dos rituais mais emocionantes do candomblé. A Origem Diz uma lenda yorubá, que quando o pai de Oyá morreu, ela dançou durante 7 dias em homenagem a seu saudoso pai, então vendo esse ato de amor, Olodumare teria dado a Oyá o poder sobre os mortos e ela se tornaria patrona do culto a Egungun. Sendo assim estava criado o axexê. Os iniciados e a morte Quando iniciamos no candomblé, fica bem claro que estaremos ligados a nossos orixás enquanto tivermos vida, e que após nossa morte, retornamos para o mesmo barro primordial que vinhemos. Mas para que isso seja feito, e para que nosso encontro com Olorun seja completo, é feito o axexê, afinal somos ligados a nosso axé individual, o adoxu, além dos outro símbolos, como o ibá, nosso assentamento. Na maio

Bolar no Santo

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"Bolar", ou "cair no santo", é indício da necessidade da futura iniciação. Geralmente acontece quando a pessoa participa de um "toque" e o orixá a incorpora, ainda no estado que os adeptos denominam de "bruto" (ainda não assentado ou "feito"). Bolar, aparentemente, é como desmaiar. Mas o orixá está ali. Tomou a cabeça de seu filho, mesmo contra a vontade deste, cobrando sua iniciação. A "bolação" geralmente acontece enquanto as pessoas cantam e dançam para os orixás, sendo significativa, para a identificação do orixá ao qual a pessoa pertence, a divindade para a qual se cantava quando a pessoa bolou. Uma vez "bolada" a pessoa é levada para o roncó ou para o quarto de santo, onde será "acordada". Se depois de bolar uma ou mais vezes, a pessoa decidir se iniciar, o pai-de-santo consultará o oráculo (jogo de búzios) para determinar que orixá será feito e como (com que folhas, de que modo, com que q

Nanã Buruku

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Orixá mais velha do reino dos céus. Mãe dos Orixás Dahomeanos. Traz o Ibiri, instrumento que como o Xaxará de Obaluaiê traz os segredos da vida e da morte. NANÃ – A Mais Velha do Reino dos Céus  É vodun (orixá) da nação Gêge, de tempos imemoriais. Está associada aos mitos da criação da Terra, sendo a precursora de todas as divindades que têm o poder de gerar a vida. É o lado feminino dos criadores do mundo. Grande Senhora das terras molhadas e fecundas, com a qual foram criados todos os seres, reina na lama, que formou a Terra, nas águas paradas e pântanos. Ao mesmo tempo em que dá vida às criaturas, faz com que retornem ao seu elemento de origem para, mais tarde, renascerem na Terra, formando o ciclo da vida e da morte. Por isso, nós acreditamos que o corpo, após a morte, deve ser devolvido à terra, de onde ele saiu um dia. Nana, pelo fato de ser um dos primeiros orixás criados por Olorun, é caracterizada como uma anciã, ou uma avó. Novamente, caímos no erro de comparar uma energia s

Calendário De Todos Orixás E Suas Datas Comemorativas

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Conheça  o calendário de todos Orixás e as datas comemorativas  dos santos (os dias dos orixás) e o seus sincretismos e lendas no Candomblé. equivalentes com as respectivas lenda de cada um deles no panteão yoruba ( Candomblé ). No Brasil nós temos das em particular para não esquecer de saudar, agradar e cultuar nossos ancestrais. Então agora não há desculpa de ter esquecido de fazer aquela pequena oferenda para o seu Orixá devoto! Nós não temos o hábito de fazer oferendas para os Orixás fora dos seus respectivos dias, mas é correto sempre que possível, agradecer nem que seja com uma vela com reza para aquele santo. Não devemos esperar ser atingidos pela negatividade para recorrer ao Orixá, e mesmo assim nós temos as datas (dias) comemorativas dos Orixás que nos servem para lembrarmos que não estamos sozinhos e também não os esquecemos.   Os Dias (Calendário De Todos Orixás)   Dia 15/01 - é a data do  Orixá Oxalá  -----------------Jesus Cristo Sobre Orixá Oxalá 20/01 –  Ox

Banho de Abô

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Dentro das nações de Candomblé existem vários ebós que se destinam à limpeza do corpo e do espírito de um ser vivo. Eles servem para desmanchar tudo de ruim que existe nesse ser, desde o negativo de seu odu, até mesmo, trabalhos de magia negra que foram realizados contra ela. Dentro desses ebós, existe como complemento, o banho de abô. Esse é preparado com varias ervas que são maceradas em água limpa, e seu processo é complexo: começamos com a escolha do dia em que vamos até a mata para recolhermos as ervas que deverão ser utilizadas na preparação desse banho. Após a escolha do dia, tanto o zelador como as pessoas que vão lhe auxiliar, devem se resguardar por um período de três dias, sem sexo, bebida alcoólica ou qualquer outro elemento que “suje” seu corpo. Na véspera de se ir à mata para recolher as ervas, deve-se preparar os presentes para Ossanha a fim de que o mesmo nos permita retirar as Insabas sagradas. No dia seguinte antes do sol esquentar, as pessoas