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Mostrando postagens de setembro, 2018

Erês – Os intermediários dos Orixás

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   MINHA LIRA Um modo de ver diferente, uma energia incontrolável, a mais pura e verdadeira vontade de ser feliz e de simplesmente viver o que tiver que ser vivido. São através dessas emoções e da simplicidade do olhar de uma criança, que despertam os  Erês . Erê  é uma palavra originária do yorubá e tem o significado de diversão e  brincadeiras,  contrário ao que muitos acham quando associam sua tradução com  criança . Quando eles surgem no terreiro é a mais bela e verdadeira expressão de festa e alegria, seu sorriso é contagiante e sua energia é a mais pura a ser notada, pois eles veem o existir como uma grande benção. Quem são os Erês Erês são guias, e tanto na  Umbanda  como no  Candomblé  são estereotipados como crianças, porque é exatamente essa sensação que eles passam com toda sua pureza. Só que na verdade eles são seres encantados, então nunca passaram pela experiência do existir humana. A missão de cada Erê é a de intermediar o contato entre as pessoas e os Orixá

A verdadeira história de São Cosme e São Damião, mártires

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São Cosme e São Damião são santos dedicados à salvação da vida “Teus deuses não têm poder algum, nós adoramos o Criador do céu e da terra!” Hoje, dia 26 de setembro, lembramos dois dos santos mais citados na Igreja: São Cosme e São Damião, irmãos gêmeos, médicos de profissão e santos na vocação da vida. Viveram no Oriente (Cilícia, Ásia Menor entre os séculos III e IV), e, desde jovens, eram reconhecidos por sua habilidade como médicos. Com a conversão, passaram a ser também missionários, ou seja, ao unirem a ciência à confiança no poder da oração, levavam para muitos a saúde do corpo e da alma. Viveram na Ásia Menor, até que, devido à perseguição de Diocleciano, no ano 300 da Era Cristã, foram presos por serem considerados inimigos dos deuses e acusados de usar feitiçarias e meios diabólicos para disfarçar as curas. Tendo em vista essa acusação, a resposta deles era sempre: “Nós curamos as doenças em nome de Jesus Cristo e pelo Seu poder!” Diante da insistência dos persegui

Que são Candomblé e Batuque?

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Afinal, qual é a diferença ?  Inicialmente, iremos dar a definição de cada uma, para depois mostrar as diferenças de rituais de ambas. KANDOMBE - Na África, a princípio é um ritmo, antiga dança dos primitivos africanos. Esta, trazida pelos descendentes de Kam ao nosso País. Aqui, se tornando escravos, e sendo, por eles, dançadas nas fazendas, a princípio sem sentido religioso, realizando um a espécie de batucada o batuque, bem no estilo do Batukàjé (batuque) africano, já levando para um futuro sentido de um ritual religioso.  A palavra Kandombe = ( Ka = costume; Kan = filho de Noé, que deu a origem aos Kamitas; ndombe = preto ( costume dos pretos). Que mais tarde, devido, a influência do Espanhol e Português passou a se chamar de “Candomblé” e, passando ser nome de uma “linhagem religiosa.”  Hoje, no Brasil, é o nome dado, principalmente na Bahia aos ritos cerimoniais africanos. E representa, para seus filhos ou adeptos, as tradições dos avós e bisavôs vindos de um Pa

"ALAFIA" ... É a soma de tudo que o ser humano possa desejar.

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Paz: Um valor religioso e moral   Nas sociedades africanas tradicionais, a paz não é um conceito poético abstrato, mas sim um conceito prático. Essa paz não está relacionada a se opor na guerra, mas sim com relação à ordem, à harmonia e ao equilíbrio.  É um valor religioso que a ordem, a harmonia e o equilíbrio no universo e na sociedade estejam creditados e estabelecidos divinamente e a obrigação de mantê-los, é religiosa. É também um valor moral desde que a boa conduta dos seres humanos, a ordem, a harmonia e o equilíbrio existam também  Paz como Plenitude da vida Percebe-se que a principal perspectiva de vida dos africanos tradicionais é o princípio moral. O objetivo de toda a conduta moral é conseqüentemente a plenitude da vida. A vida humana é considerada plena na África quando for marcada por bênçãos espirituais, materiais, e sociais; quando a rede das relações com os seres espirituais, humanos e materiais for enquanto deve ser. “A paz é a relação do bem viver ” ; saúd

Ògún e a serpente.

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Desafiando os conceitos e estruturas religiosas atuais, sobre o ferreiro,   Òrìṣá Ògún   na cultura   Yorubá,   eu me deparo com um fundamento antigo da minha família que traz um assentamento de um   Ògún   chamado   Ávágã [i], este que fica na frente do templo, na casa do  Bará Lòde . Neste assentamento nós usamos o vulto de uma serpente em ferro pronta para dar o bote, tal assentamento carregado por algumas vertentes   Nàgó , sai de Arraial d’Ajuda (cidade do meu   bàbá ), Porto Seguro, atravessa o país e chega até ao Batuque do Rio Grande do Sul. Que além de assentar um   Ògún   no vulto da serpente, ela pode ser encontrada entre os assentamentos do   Ògún   que fica no   Yara-bọ . Tal costume foi motivo de mistério e questionamento entre os sacerdotes que não pertencem à cultura   Nàgó   ou até mesmo do Batuque, pois o símbolo da serpente até então pertencia exclusivamente ao culto  Djedje   para o   Vodun Dãn   ou conhecido por alguns como   Obessem . Uma insígnia de pode

Axexê

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Sem o axexê não existe o começou, não há existência, ele é a a passagem da existência individual de cada um, pois o corpo aqui no aiê, a terra, é apenas um duble, um instrumento. E o fim dessa passagem que dá inicio a um dos rituais mais emocionantes do candomblé. A Origem Diz uma lenda yorubá, que quando o pai de Oyá morreu, ela dançou durante 7 dias em homenagem a seu saudoso pai, então vendo esse ato de amor, Olodumare teria dado a Oyá o poder sobre os mortos e ela se tornaria patrona do culto a Egungun. Sendo assim estava criado o axexê. Os iniciados e a morte Quando iniciamos no candomblé, fica bem claro que estaremos ligados a nossos orixás enquanto tivermos vida, e que após nossa morte, retornamos para o mesmo barro primordial que vinhemos. Mas para que isso seja feito, e para que nosso encontro com Olorun seja completo, é feito o axexê, afinal somos ligados a nosso axé individual, o adoxu, além dos outro símbolos, como o ibá, nosso assentamento. Na maioria d

Sobre o Axexê.

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Segundo uma lenda Yoruba: O axexê começou com a morte de um caçador chamado Odu Lésé. Este caçador foi quem criou Oya, lhe ensinado a arte da caça e da guerra.  Com a sua morte,Oya ficou desolada, juntou todos os seus pertences e durante 7 dias cantou durante toda a noite seus feitos e sua coragem.  Este ato comoveu Olodumare, ele observou todos os dias o que Oya fez para uma pessoa que não era seu parente mas o amava como um.  Ele em sua sabedoria, achou que este ato foi um ato de amor e respeito a um ser humano e iniciado em cultos como era Odu Lèsé.  Ao término deste ato que Oya fez a quem a criou, Olodumare decidiu que todos os iniciados nos cultos teriam direito a esta obrigação na qual foi chamada de ÁSÈSÈ.(Perfeito).  Deste dia em diante todos os iniciados em cultos receberiam este ritual o qual era o reconhecimento por tudo que o iniciado tinha feito em vida.  O Axexê é feito para que tudo que tem ligação com o morte seja desfeito, tanto na parte iniciatória como material dei