AMEMOS NOSSOS ZELADORES

AMEMOS NOSSOS ZELADORES
 Antigamente, um zelador de santo era amado acima de qualquer coisa por seus filhos, mas, hoje, o que vemos é a arrogância tomando conta da maioria dos iniciados no Candomblé, derrubando a hierarquia, desrespeitando todos os tabus que nós, aprendemos com nossos antepassados. Uma ânsia de conhecimento e de se auto intitularem “zeladores”, faz com que o amor e o respeito sejam delegados a segundo plano. Isso com certeza vem ferir os princípios de ética e moral que sempre existiram dentro das casas de santo. Muitas vezes os zeladores se veem obrigados a aceitarem algumas coisas, para que possam dar seguimento às suas casas, fazendo com que a nossa doutrina não se perca com o tempo. Algumas pessoas que se dizem zeladores, não possuem o mínimo preparo para exercerem tal função, se levam pela soberba e assim destroem nossa fé cada dia mais. Esquecem-se de que Candomblé é HIERARQUIA E ANCESTRALIDADE, tumultuam as coisas, mentem, caluniam, pisam literalmente em cima de preceitos tão sérios e tão antigos, e ainda existem algumas pessoas que acham que esses estão certos e que a doutrina tem que mudar para acompanhar os tempos. Sabemos que os tempos são outros, e muito zeladores veem aos poucos mudando suas formas de ver e de fazer as coisas, mas existem coisas que NÃO MUDAM NUNCA,
 e o respeito aos mais velhos é uma delas. Esquecem-se de que amar seu zelador é antes de tudo, amar a seu próprio Orixá, pois que foi ele quem escolheu a mão que vai alimentá-lo. Aparecem cada dia mais, pessoas que se intitulam cartomantes, jogadores de búzios e assim por diante, mas sem preparo algum para a dura realidade da vida sacerdotal. Sim, dura realidade, pois ser sacerdote newsletter é muito mais que jogar búzios, muito mais que sacrificar animais, até mesmo porque, sacrifício, não se faz assim a todo instante. Existem momentos e horários próprios para as coisas. Ser sacerdote é antes de tudo, abrirmos mãos de nossa vida pessoal, é muitas vezes abdicarmos de um fim de semana ensolarado, de nos privarmos do convívio com nossas famílias, para darmos socorro a quem precise. Mas, se por um motivo ou outro, um zelador, chama a atenção de um filho, esvai-se nesse momento todo o amor que ele professava para seu mestre, e até mesmo as juras que o próprio Orixá fez em relação a seu zelador. Sinto saudade dos tempos em que, ao tomarmos uma “baixa” de nossos zeladores, nos curvávamos e tomávamos sua benção, pois entendíamos que aquilo era para nosso engrandecimento espiritual. Sinto saudade do tempo em que um zelador era amado de verdade por seus filhos e não questionado em suas atitudes. Mas, hoje em dia, se colocam em duvidas até mesmo os atos ritualísticos que os zeladores executam. E com isso quem perde, somos nós mesmos, pois que, muitos zeladores mais antigos, estão preferindo se afastarem dos cultos, se preocupando apenas em cuidar de seu Orixá e suas casas terminam por fecharem as portas. E essa atitude é tomada apenas por quem leva as coisas do Orixá com realidade e não com falsas promessas e nem mesmo com bagunça. Se amamos nossos Orixás, aprendamos a amar nossos zeladores, pois eles foram escolhidos por nossos Santos, e não por nós. Lembremos que: A sabedoria verdadeira, somente é passada para aqueles que amam suas casas, seus santos e seus zeladores. E, que fora desses princípios, apenas aprenderemos coisas erradas, marmotagens e NUNCA O VERDADEIRO AXÉ ORIXÁ.

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