CABOCLO MIRIM






Os caboclos mirins são espíritos de índios ( ou não!) que desencarnaram ainda crianças, embora haja exceções. Alguns trabalham nas Linhas dos Caboclos, outros preferem vir sob a regência da Linha das Crianças, seja de direita ou esquerda.

Esses Espíritos, quando se manifestam em terra, são sempre requisitados para a cura, pois são crianças muito sábias, não gostam tanto de brincar e comer doces, como as outras crianças, o que torna-os um pouco diferentes das outras crianças.

Toda e qualquer Espírito desta Linha é grande detentor de grandes encargos espirituais, apesar da aparência astral de crianças. São grandes sábios e estão sempre prontos para ajudar.

Sua vibração é mais parecida com a dos Caboclos e gostam de estar na companhia deles.

Alguns Caboclos Mirins vêm na vibração do Orixá Oxóssi, mas muitos fazem entrecruzamento com outros Orixás, principalmente o Orixá Xangô.

Alguns nomes conhecidos de Caboclos e Caboclas Mirins: Tupãzinho, Tupãnzinha, Tupizinho, Tupizinha, Iarary, Iariri, Tupiacanga, Iararinha/Iarinha, entre outros diminutivos dos nomes dos Caboclos adultos, como; Toquinho, Junquinho, Pedrinha Branca, Jureminha, etc...


( texto ditado pelo meu Caboclo Mirim, Toquinho )








PRECEDENTES:



O primeiro médium a manifestar esta energia foi Benjamim Figueiredo no terreiro de Zélio Fernandino de Moraes, sob o comando do próprio Caboclo das Sete Encruzilhadas.

Veja o texto a seguir:

Em 1920 no Rio de Janeiro, o médium kardecista Benjamin Gonçalves Figueiredo (26/12/1902 - 03/12/1986), teve a primeira manifestação de uma Entidade que identificou-se como Caboclo Mirim, que vinha com a finalidade de criar um novo núcleo de crescimento para a Umbanda. Assim, toda a família do médium foi chamada a participar.

Eram ao todo 12 pessoas que deram início em 1924 ao que foi chamada a Seara de Mirim. Após 18 anos, em 1942, foi fundada a Tenda Espírita Mirim, à rua Sotero dos Reis, 101, Praça da Bandeira; mudou - se, posteriormente, para a rua São Pedro e depois para a Rua Ceará, hoje Avenida Marechal Rondon, 597

A "Escola da Vida", fundada pelo Caboclo Mirim, possui uma ritualística diferente das conhecidas.

De acordo com os seus ensinamentos, há iniciados do Primeiro ao Sétimo grau de iniciação. Estes graus são atribuídos aos médiuns e não às Entidades. Estes graus estão classificados em tupi-guarani, desta forma: 


Primeiro Grau - Bojá-mirim : Médiuns iniciantes 

Estes médiuns estão em desenvolvimento e devem procurar ensinamentos com os médiuns dos demais graus superiores e se aperfeiçoarem moralmente, evitando vícios de todas as espécies e desequilíbrios de qualquer ordem.

Devem, ainda, estar firmes em seus propósitos de desenvolvimento, evitando que sugestões de espíritos inferiores cheguem às suas mentes em forma de sensação, pois os espíritos inferiores não gostam de iniciantes que se propõe a um desenvolvimento mediúnico sério para futuramente desfazerem os trabalhos de magia negra que estes espíritos inferiores teriam feito.


Segundo Grau - Bojá : Médiuns de Banco

São os responsáveis pelo descarrego de energias negativas e pela doação de fluido vital para os espíritos necessitados que passarem pelo seu corpo durante uma sessão de caridade espiritual.

Estes médiuns, assim como os iniciantes, devem estar atentos aos pensamentos de desestímulo em relação à continuidade de seu caminho na Umbanda, evitando assim que espíritos inferiores atrapalhem sua caminhada.

Devem ser assíduos, estando na sua tenda sempre que possível para prestarem sua caridade.


Terceiro Grau - Bojáguaçu: Médiuns de Terreiro

São médiuns passistas. Este grau é uma grande mudança em relação às responsabilidades do médium no Terreiro, pois o médium deve saber aplicar um passe, a forma ideal de aplicá-lo, e os devidos resguardos antes da sessão.


Quarto Grau - Abaré-mirim: Sub-chefes de Terreiro

São médiuns que, além de já estarem firmes no passe e com conhecimento suficiente sobre a dinâmica das sessões e passarão a tomar conta do terreiro, orientando os médiuns de graus anteriores.


Quinto Grau - Abaré : Chefes de Terreiro
São médiuns que devem orientar os médiuns de graus anteriores sobre como proceder nos passes. Além disso, é neste grau que se inicia a trajetória do médium para consultas espirituais.

Já dizia o Caboclo Mirim que dar consulta é perigoso! Não se pode atuar no livre-arbítrio dos outros. Só dê consulta se for solicitado!

Adicionalmente, médiuns deste grau já devem ter responsabilidades com os demais médiuns de graus anteriores durante as sessões e giras, orientando-os sempre que necessário.


Sexto Grau - Abareguaçu: Sub-comandante chefe de terreiro

São médiuns que estão se preparando para Escola de Comando. Devem focar em obter experiência da ritualística dos trabalhos espirituais e se preparar para aprender a comandar sessões.


Sétimo Grau - Morubixaba: Comandante chefe de terreiro

São os médiuns comandantes de terreiro. São os dirigentes de sessão e devem orientar todos os demais graus.





- SALVE, CABOCLO MIRIM!

- Que Oxalá ilumine a nós todos, sempre!

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