Deuses mais importantes do Egito!!!

 (do português Ré) é o Deus Egípcio do Sol sendo a principal divindade da religião egípcia. O culto ao Deus Sol foi muito próspero no Egito, sendo a principal forma de adoração e um culto oficial por cerca de vinte séculos.
As divindades geralmente estão ligados a fenômenos da natureza, e, em função da luz no cultivo dos alimentos, os antigos egípcios atribuíram a Rá grande importância.
Além de ser a divindade central do panteão egípcio, Rá é também um deus primordial e criador dos deuses e da ordem divina, junto de sua esposa, a Deusa Ret (cujo nome é a versão feminina do nome Ré e pode ser a mesma divindade) originaram a genealogia: Shu e Tefnut, Geb e Nut, Osíris, Seth, Ísis e Néftis.
Ao longo do tempo, esta divindade foi associado a outros deuses, como Hórus, Sobek (Sobek-Ré), Amon (Amon-Ré) e Khnum (Khnum-Ré) e sua existência está intimamente ligada à realeza, pois Rá teria vivido em Heliópolis e regido o Egito antes mesmo das dinastias históricas, das quais os faraós seriam seus descendentes.
Rá, Deus do SolIlustração do Deus Rá
Rá, o Deus do Sol era representado comumente pelo o sol do meio-dia e possuía o obelisco como insígnia, o qual era considerado um raio do sol petrificado. Na sua forma animal, poderia transmutar-se em falcão, leão, gato, ou no pássaro Benu.
Note que o Deus Sol possuía quatro fases: a primeira ao nascer do sol, a segunda ao meio-dia, a terceira ao pôr-do-sol e a quarta fase durante a noite. Contudo, a principal fase é a do meio-dia, quando ele é representado por uma ave, comumente o falcão.
Segundo a mitologia egípcia, todas as formas de vida foram criadas por Rá, ao pronunciar seus nomes secretos.
Outras versões também afirmam que os seres humanos teríamos sido criados a partir das lágrimas e suor de Rá, o qual ficara tão esgotado pelo trabalho da criação que lhe fora atribuído por seu pai Nun, que chorou, e de suas lágrimas abrolharam o homem e a mulher.

Os Sincretismos de Rá

A cidade de Lunu era o centro do culto a Rá, localizada ao norte do país. Mais tarde os gregos denominaram aquela cidade como Heliópolis ("cidade do sol") e lá reinava o deus solar local, Atum, daí a fusão Atum-Rá.
Vale destacar que Heliópolis foi um grande centro comercial do Baixo Egito e seus sacerdotes possuíam grande prestígio, o que levou os faraós de Tebas a adotarem Amon como deus supremo.
Surge então, uma nova fusão, desta vez denominada Amon-Rá, protetor dos faraós. Assim, o deus Amon se tornou a divindade de destaque do panteão, pois a superposição Amon-Rá significa, basicamente, culto ao sol (Amon = culto e Rá = sol).
Outro sincretismo muito conhecido é o de  e Hórus, o qual pode ser visto nas representações associadas ao falcão ou ao gavião, posto que, ao ser figurado com uma cabeça de falcão, era estabelecida uma identidade com Hórus, outro deus solar idolatrado em períodos mais remotos no Egito.

Osíris deus egípcio
Outros nomes
Usiris, Asar, Aser, Ausar, Ausir, Wesir, Usir, Usire ou Ausare
Parentesco
Geb e Nut
Filho
Hórus
Osíris (Ausar em egípcio) era um deus da mitologia egípcia, associado à vegetação e a vida no Além. Oriundo de Busíris, no Baixo Egito, Osíris foi um dos deuses mais populares do Egito Antigo, cujo culto remontava às épocas longínquas da história egípcia e que continuou até à  era Greco-Romana, quando o Egito perdeu a sua independência política para o Império Romano.

Osíris é o marido de Ísis e pai de  Hórus, era ele quem julgava os mortos na "Sala das Duas Verdades", onde se procedia à pesagem do coração ou psicostasia.
Osíris, é sem dúvida o deus mais conhecido do Antigo Egito, graças ao grande número de templos que lhe foram dedicados por todo o país; é também um deus que julgava a alma dos egípcios se eles iam para o paraíso (lugar onde só há fartura).Para os seus primeiros adoradores, Osíris era apenas a encarnação das forças da terra e das plantas. À medida que o seu culto foi se difundindo por todo o Egito, Osíris enriqueceu-se com os atributos das divindades que suplantava, até que, por fim substituiu a religião solar. Por outro lado a mitologia engendrou uma lenda em torno de Osíris, que foi acolhida fielmente por alguns escritores gregos, como Plutarco. A dupla imagem que de ambas as fontes chegou até nós deste deus, cuja cabeça aparece coberta com a mitra branca, é a de um ser bondoso que sofre uma morte cruel e que por ela assegura a vida e a felicidade eterna a todos os seus protegidos, bem como a de uma divindade que encarna a terra egípcia e a sua vegetação, destruída pelo sol e a seca, mas sempre ressurgida pelas águas do Nilo.

O nome Osíris
OsírisSegundo o historiador grego Diodoro Sículo, os primeiros egípcios, logo que surgiram, olharam para o céu e ficaram com temor do Universo, e imaginaram dois deuses eternos, o Sol e a Lua, respectivamente Osísis e Ísis. Osíris significa muitos-olhos, um significado apropriado para representar os raios do Sol, que veem tudo, tanto a terra quanto o mar. Ainda segundo Diodoro Sículo, os mitógrafos gregos, identificaram Osíris com Dionísio e com a estrela Sirius; Diodoro cita poemas de Eumolpo e Orfeu identificando Dionísio com a estrela Sirius. Segundo alguns, Osíris era representado com uma capa de estrelas, imitando o céu estrelado.

De acordo com Isaac Newton, Osíris é um nome grego; eles interpretaram o lamento egípcio 0 Sihor, Bou Sihor como Osíris, Busíris. Ele identifica Osíris com o faraó Sesac ou Sesóstris, um grande conquistador, que reinou de 1002 a.C. a 956 a.C.

O nome Osíris vem do grego que por sua vez deriva da forma síria Usire. O exato significado do nome é desconhecido. Entre os vários significados propostos pelos especialistas, encontram-se hipóteses como "Aquele que ocupa um trono", "Para criar um trono", "Lugar/Força do Olho" ou "Aquele que copula com Ísis". Contudo, a interpretação considerada mais aceitável é a que considera que Osíris significa "O Poderoso".

Osíris também era o chefe dos deuses egípcios.

Origens e evolução
Livro dos mortos - Egito AntigoDeus cujo culto está atestado desde épocas muito remotas, Osíris seria oriundo de Busíris (nome que significa "Lugar de Osíris" ou "Domínio de Osíris) localidade na região central do Delta do Nilo (Baixo Egito). Nesta localidade julga-se que Osíris substituiu um deus local de nome Andjeti, tendo herdado as suas insígnias. Osíris era em Busíris apenas um deus da fertilidade, cuja principal função era garantir uma boa colheita, personificando o ciclo da vegetação e as águas do Nilo.

No Império Antigo Osíris adquire a vertente de deus funerário, sendo o rei defunto identificado com ele; o rei vivo era por sua vez identificado com o seu filho, o deus Hórus.

A partir do fim do Primeiro Período Intermediário e do Império Médio ocorre aquilo que se designa como "democratização" da possibilidade de uma vida no Além, ou seja, esta deixa de estar reservada ao rei para se alargar, primeiro aos altos funcionários, e depois a toda a população. Todos os homens, independentemente da sua classe social, desde que cumprissem os ritos funerários adequados, poderiam unir-se a Osíris, conquistando a imortalidade.

Iconografia
A representação mais antiga conhecida de Osíris data do ano de 2300 a.C.. A sua representação mais comum correspondia ao de um homem mumificado com uma barba postiça, com braços que emergem do corpo cruzados sob o peito. As suas mãos seguram o cajado hekat e o açoite nekhakha. Na cabeça Osíris apresentava a coroa atef, isto é, uma coroa branca com duas plumas de avestruz. Em algumas representações poderia ter um uraeus (serpente) sob a coroa e uns cornos de carneiro.
Osíris vegetantePoderia também ser retratado como uma múmia deitada de cujo corpo emergiam espigas ("Osíris vegetante"). Esta representação está associada a um prática dos Egípcios que consistia em regar uma estátua do deus feita de terra e de trigo. Estas estátuas eram depois enterradas nas terras agrícolas, acreditando-se que seriam a garantia de uma próspera colheita. Este costume está atestado desde a Pré-História do Egito até à época ptolomaica.

A pele do deus poderia ser verde ou negra, cores que os Egípcios associavam à fertilidade e ao renascimento.

A representação de Osíris como um animal era rara. Quando se verificava o deus poderia surgir como um touro negro, um crocodilo ou um grande peixe.

O mito de Osíris

O mito de Osíris é conhecido graças a várias fontes, sendo a principal o relato de Plutarco (século I) De Iside et Osiride (Sobre Ísis e Osíris). Alguns textos egípcios, como os Textos das Pirâmides, os Textos dos Sarcófagos e Livro dos Mortos, narram vários elementos do mito, mas de uma forma fragmentária e desconexa.

Osíris é apresentado como filho de Geb e Nut, tendo como irmãos Ísis, Néftis e Seth. É portanto um dos membros da Enéade de Heliópolis. Ísis não era apenas sua irmã, mas também a sua esposa.

Osíris governou a terra, tendo ensinado aos seres humanos as técnicas necessárias à civilização, como a agricultura e a domesticação de animais. Foi uma era de prosperidade que contudo chegaria ao fim.

O irmão de Osíris, Seth, governava apenas o deserto, situação que não lhe agradava. Movido pela inveja, decide engendrar um plano para matar o irmão. Auxiliado por setenta e dois conspiradores, Seth convidou Osíris para um banquete. No decurso do banquete, Seth apresentou uma magnífica caixa-sarcófago que prometeu entregar a quem nela coubesse. Os convidados tentaram ganhar a caixa, mas ninguém coube nela, dado que Seth a tinha preparado para as medidas de Osíris. Convidado por Seth, Osíris entra na caixa. É então que os conspiradores trancam-na e atiram-na no rio Nilo. A correnteza do rio arrasta a caixa até o mar Mediterrâneo, acabando por atingir Biblos (Fenícia).

Ísis, desesperada com o sucedido, parte à procura do marido, procurando obter todo o tipo de informações dos que encontra pelo caminho. Chegada a Biblos, Ísis descobre que a caixa ficou inscrustrada numa árvore que tinha entretanto sido cortada para fazer uma coluna no palácio real. Com a ajuda da rainha, Ísis corta a coluna e consegue regressar ao Egito com o corpo do amado, que esconde numa plantação de papiros.

Contudo, Seth encontrou a caixa e furioso decide esquartejá-lo em catorze pedaços que espalha o corpo por todo o Egito (em alguns textos do período ptolomaico teriam sido dezesseis ou quarenta e duas partes). Quanto ao significado destes números, deve referir-se que o catorze é número de dias que decorre entre a lua cheia e a lua nova e o quarenta era o número de províncias (ou nomos) em que o Egito se encontrava na época dividido.

Ísis, auxiliada pela sua irmã Néftis, partiu à procura das partes do corpo de Osíris. Conseguiu reunir todas, com exceção do pênis, que teria sido devorado por um ou três peixes, conforme a versão. Para suprir a falta deste, Ísis criou um órgão artificial com caules vegetais. Ísis, Néftis e Anúbis procedem então à prática da primeira mumificação. Ísis transforma-se de seguida num milhafre que graças ao bater das suas asas sobre o corpo de Osíris cria uma espécie de ar mágico que acaba por ressuscitá-lo; ainda sob a forma de ave, Ísis une-se sexualmente a Osíris e desta cópula resulta um filho, o deus Hórus. Ísis deu à luz este filho numa ilha do Delta, escondida de Seth. A partir de então, Osíris passou a governar apenas o mundo dos mortos. Quanto ao seu filho, conseguiu derrubar Seth e passou a reinar sobre a terra.

Mito e história

Alguns autores especulam que o mito de Osíris possa ter ligações com eventos históricos. Assim, Osíris seria um chefe nômade responsável pela introdução da agricultura na região do Delta. Aqui teria entrado em conflito com Seth, líder das populações do Delta. Osíris teria sido morto por Seth e vingado pelo seu filho.

Segundo Newton, Osíris e Busíris é como os gregos interpretaram o lamento egípcio O Siris e Bou Siris; Newton identifica Osíris com vários conquistadores mitológicos: Sesac, Baco, Marte, o Hércules egípcio citado por Cícero e Belo. Sua morte é dada no ano 956 a.C., e ele é morto por seu irmão Jápeto.

Símbolos
Símbolos OsírisO símbolo mais importante associado a Osíris era o pilar ou coluna djed (foto à esquerda). Não se sabe o exato significado deste símbolo, tendo sido proposto que representaria quatro pilares vistos uns atrás dos outros, a coluna vertebral de um homem ou do próprio Osíris ou uma árvore de cedro da Síria com os ramos cortados (esta última hipótese relaciona-se no relato mítico segundo o qual a caixa-sarcófago ficou inscrustrada num cedro). O djed representava para os Egípcios a estabilidade e a continuidade do poder.

O djed era o elemento principal de uma cerimônia ritual que se celebrava durante a festa heb sed do faraó (o jubileu real), denominada como a "ereção da coluna djed" e das quais se conhecem várias representações.

A nébride, ou seja, a pele de um animal esfolado (julga-se que seria a pele de uma vaca ou então de um felino) pendurada num pau que está inserido num recipiente, era outro símbolo associado ao deus.

Osíris tinha como barca sagrada a nechemet, na qual Ísis e Néftis eram representadas ocupando respectivamente a proa e a popa.

O culto

O culto de Osíris encontrava-se difundido um pouco por todo o Egito, sendo os seus principais centros cultuais Abido e Busíris, localidades que os Egípcios procuravam visitar em peregrinação pelo menos uma vez na vida.

Em Abido realizava-se uma procissão todos os anos durante a qual a barca do deus era transportada, celebrando-se a vitória do deus sobre os seus inimigos. Nesta cidade o antigo túmulo do rei Djer seria identificado como o túmulo de Osíris.

Os locais onde o culto de Osíris era relevante reclamavam possuir uma das partes do corpo do deus. Assim, acreditava-se que em Abido encontrava-se inumada a cabeça do deus; em Busíris estaria a espinha dorsal; em Sebenitos estaria a parte superior e inferior da parte; em Atribis, o coração; em Heracleópolis a coxa, cabeça, dois flancos e duas pernas.

Um pouco por todo o Egito, anualmente, durante o mês egípcio de Khoaik (o que corresponde no calendário gregoriano a Outubro-Novembro) celebravam-se os "Mistérios de Osíris", nos quais se relatavam episódios do mito. Para os Egípcios tinha sido neste mês que Ísis tinha encontrado as partes do corpo de Osíris.

Foi também adorado fora do Egito em vários pontos da bacia do Mediterrâneo, mas nunca nas dimensões que alcançou o culto da sua irmã e esposa. A popularidade do deus pode ser explicada pela ideia transmitida ao homem comum de que este poderia ter uma vida depois da morte.

Ísis, Aset ou Iset é uma deusa da mitologia egípcia, cuja adoração se estendeu por todas as partes do mundo greco-romano, e posteriormente por todo o mundo. É cultuada como modelo de mãe e esposa ideais, protetora da natureza e da magia. É a amiga dos escravos, pescadores, artesãos, oprimidos, assim como a que escutava as preces dos opulentos, das donzelas, aristocratas e governantes. Ísis é a deusa da maternidade e da fertilidade.

Ísis, deusa da maternidade e magia
Outros nomesAst, Aset, Auset
Local de cultoFilas e Abidos
SímboloTrono, disco solar, Sicômoro
EsposoOsíris
PaisGeb e Nut
IrmãosOsíris, Seth e Néftis
FilhoHórus
Os primeiros registros escritos acerca de sua adoração surgem durante a V dinastia egípcia, pouco depois do ano 2500 a.C.. A deusa Ísis, mãe de Hórus, foi a primeira filha de Geb, o deus da Terra, e de Nut, a deusa do Firmamento, e nasceu no quarto dia intercalar. Durante algum tempo Ísis e Hator ostentaram a mesma cobertura para a cabeça.
Em mitos posteriores sobre Ísis, ela teve um irmão, Osíris, que veio a tornar-se seu marido, tendo se afirmado que ela havia concebido Hórus. Ísis contribuiu para a ressurreição de Osíris quando ele foi assassinado por Seth. As suas habilidades mágicas e ajuda do deus Anubis devolveram a vida a Osíris após ela ter reunido as diferentes partes do corpo dele que tinham sido despedaçadas e espalhadas sobre a Terra por Seth. Este mito veio a tornar-se muito importante nas crenças religiosas egípcias.

Ísis também é conhecida como a deusa da simplicidade, protetora dos mortos e deusa das crianças de quem "todos os começos" surgiram, e é a senhora dos eventos mágicos e da natureza. Em mitos posteriores, os antigos egípcios acreditaram que as cheias anuais do rio Nilo ocorriam por causa das suas lágrimas de tristeza pela morte de seu marido, Osíris. Esse evento, da morte de Osíris e seu renascimento, era revivido anualmente em rituais. Consequentemente, a adoração a Ísis estendeu-se a todas as partes do mundo greco-romano, perdurando até à supressão do paganismo na era cristã.

Origem do nome

Ísis aladaA pronúncia do nome desta deidade é uma corruptela do mesmo na língua grega antiga onde se modificou o nome egípcio original pela adição de um "-s" no final devido às normas gramaticais do antigo grego.

O nome egípcio foi grafado como ỉs.t ou ȝs.t com o significado de '(Ela de o) Trono'. A sua pronúncia correta em antigo egípcio é incerta, entretanto, uma vez que o antigo sistema de escrita usualmente não previa as vogais. Com base em estudos recentes que nos oferecem aproximações com base em linguagens contemporâneas e na evidência da língua copta, a pronúncia reconstruída de seu nome é *ˈʔuː.sat (O nome de Osíris, "Usir" ou "Wsir" também se inicia com o glifo para trono ʔs ('-s').). O nome sobreviveu nos dialetos coptas como Ēse ou Ēsi, assim como em palavras compostas sobreviventes em nomes de pessoas posteriormente, como por exemplo 'Har-si-Ese', literalmente 'Hórus, filho de Ísis'.

Por conveniência, egiptólogos arbitrariamente decidiram pronunciar o seu nome como ee-set. Por vezes também podem dizer ee-sa porque o t final em seu nome foi um sufixo feminino, que é sabido ter sido buscado à fala durante as últimas etapas da língua egípcia.

Literalmente, o seu nome significa "ela do trono". A sua cobertura original para a cabeça foi um trono. Como personificação do trono, ela foi uma representação importante do poder do faraó, assim como o faraó foi representado como seu filho, que se sentou no trono que ela forneceu. O seu culto foi popular em todas as partes do Egito, mas os santuários mais importantes eram em Guizé e em Behbeit El-Hagar, no Delta do Nilo, no Baixo Egito.

História

As origens do seu culto são incertas, mas acredita-se ser oriundo do delta do Nilo. Entretanto, ao contrário de outras divindades egípcias, não teve desse culto centralizado em nenhum ponto específico ao longo da história da sua adoração. Isto pode ser devido à ascensão tardia de seu culto. As primeiras referências a Ísis remontam à V dinastia egípcia, período em que são encontradas as primeiras inscrições literárias a seu respeito, embora o culto apenas venha a ter tido proeminência ao final da história do Egito Antigo, quando se iniciou a absorção dos cultos de muitas outras deusas com centros de culto firmemente estabelecidos. Isto ocorreu quando o culto de Osíris se destacou e ela teve um papel importante nessa crença. Eventualmente, o seu culto difundiu-se além das fronteiras do Egito.

Durante os séculos de formação do cristianismo, a religião de Ísis obteve conversos de todas as partes do Império Romano. Na própria península Itálica, a fé nesta deusa egípcia era uma força dominante. Em Pompeia, as evidências arqueológicas revelam que Ísis desempenhava um papel importante. Em Roma, templos e obeliscos foram erguidos em sua homenagem. Na Grécia Antiga, os tradicionais centros de culto em Delos, Delfos e Elêusis foram retomados por seguidores de Ísis, e isto ocorreu no norte da Grécia e também em Atenas. Portos de Ísis podiam ser encontrados no mar Arábico e no mar Negro. As inscrições mostram que possuía seguidores na Gália, na Espanha, na Panônia, na Alemanha, na Arábia Saudita, na Ásia Menor, em Portugal, na Irlanda e muitos santuários mesmo na Grã-Bretanha. Ísis representa o amor, a magia e os mistérios da região.

Templos

A maioria das divindades egípcias surgiu pela primeira vez como cultos muito localizados e em toda a sua história mantiveram os seus centros locais de culto, com a maioria das capitais e cidades sendo amplamente conhecidas como lar dessas divindades. Ísis foi, em sua origem, uma divindade independente e popular estabelecida em tempos pré-dinásticos, anteriormente a 3100 a.C., em Sebenitos no delta do Nilo.

No Egito, existiram três grandes templos em homenagem a Ísis:

  • em Behbeit el-Hagar, no delta do Nilo, atualmente em ruínas;
  • em Dendera, no Alto Egito, onde existe um santuário a Hathor parcialmente preservado;
  • em Filas.

Na ilha de Filas, no Alto Nilo, o culto a Ísis e Osíris persistiu até ao século VI, ou seja, muito tempo após a ascensão do cristianismo e a subsequente supressão do paganismo. O decreto de Teodósio (cerca de 380 d.C.) determinando a destruição de todos os templos pagãos, não foi aplicada em Filas até o governo de Justiniano I. Essa tolerância foi devido a um antigo tratado celebrado entre os Blemyes-Nobadae e Diocleciano. Todos os anos, eles visitavam Elefantina e, em determinados períodos levavam a imagem de Ísis rio acima para a terra dos Blemyes para fins divinatórios, devolvendo-a em seguida. Justiniano enviou Narses para destruir os santuários, prender os sacerdotes e arrestar as imagens sagradas para Constantinopla. Filas foi o último dos antigos templos egípcios a ser fechado.

Eventualmente, templos a Ísis começaram a se difundir além das fronteiras do Egito. Em muitos locais, em especial em Biblos, o seu culto assumiu o lugar da deusa semita Astarte, aparentemente pela semelhança entre os seus nomes e atributos. À época do helenismo, devido aos seus atributos de protetora e mãe, assim como ao seu aspecto luxurioso, adquirido quando ela incorporou alguns dos aspectos de Hator, ela tornou-se padroeira dos marinheiros, que difundiram o seu culto graças aos navios mercantes que circulavam no mar Mediterrâneo.

Através do mundo greco-romano, Ísis tornou-se um dos mais significativos mistérios, e muitos autores clássicos fazem referência, em suas obras, aos seus templos, cultos e rituais. Templos em sua homenagem foram erguidos na Grécia e em Roma, tendo sido descoberto um bem preservado exemplar em Pompeia.

Da mesma forma, a deusa árabe "Al-Ozza" ou "Al-Uzza" (em árabe, العُزّى, al ȝozza), cujo nome é semelhante ao de Ísis, acredita-se que seja uma manifestação sua. Isso, porém, é entendido apenas com base na semelhança entre os nomes.

Iconografia

Associações

Por causa desta associação entre nós e poder mágico, um símbolo de Ísis foi o tiet ou tyet (com o significado de "bem-estar"/"vida"), também denominado como "Laço de Ísis", "Fivela de Ísis" ou "Sangue de Ísis". Em muitos aspectos, o tiet se assemelha a uma cruz Ankh (ankh), exceto que os seus braços apontam para baixo e, quando usado como tal, parece representar a ideia de vida eterna ou ressurreição. O significado de "Sangue de Ísis" é mais obscuro, mas o tiet muitas vezes foi usado como um amuleto funerário, confeccionado em madeira, pedra ou vidro, na cor vermelha, embora isso possa ser apenas uma simples descrição dos materiais utilizados.

A estrela Spica (Alpha Virginis) e a constelação que modernamente corresponde aproximadamente à de Virgem/Virgo, surge no firmamento acima do horizonte em uma época do ano associada à colheita de trigo e grãos e, desse modo, ficou associada a divindades da fertilidade, como Hator. Ísis viria a ser associada a esses astros devido à posterior fusão de seus atributos com os de Hator.

Ísis também assimilou atributos de Sopdet, personificação da estrela Sirius, uma vez que este astro, ascendendo no horizonte um pouco antes da cheia do rio Nilo, foi interpretado como uma fonte de fertilidade, como Hator o havia sido também. Sopdet manteve um elemento de identidade distinto: uma vez que Sirius era visivelmente uma estrela, ou seja, não vivia no submundo, o que poderia ter conflitado com a representação de Ísis como esposa de Osíris, senhor do submundo.

Provavelmente devido à equiparação com as deusas Afrodite e Vênus, durante o período greco-romano, a rosa foi usada em seu culto. A procura de rosas por todo o império tornou a sua produção em uma importante indústria.

Representações

Na arte, Ísis foi originalmente retratada como uma mulher com um vestido longo e coroada com o hieróglifo que significava "trono". Por vezes foi descrita como portadora de um lótus ("Nymphaea caerulea"), ou como um sicômoro (Ficus sycomorus). A faraó Hatchepsut, foi retratada em seu túmulo sendo amamentada por um sicômoro que tinha um seio.

Após ter assimilado muitos dos papéis da deusa Hator, a cobertura de cabeça de Ísis passa a ser a de Hator: os cornos de uma vaca, com o disco solar inscrito entre eles. Às vezes, também foi representada como uma vaca, ou uma cabeça de vaca. Normalmente, porém, era retratada com o seu filho pequeno, Hórus (o faraó), com uma coroa e um abutre. Ocasionalmente, foi representada ou como um abutre pairando sobre o corpo de Osíris, ou com o Osíris morto em seu colo enquanto por artes mágicas o trazia de volta à vida.

Na maioria das vezes Ísis é retratada segurando apenas o símbolo Ankh com um pequeno grupo de acompanhantes, mas no período final de sua história, as imagens mostram-na, por vezes, com itens geralmente associados apenas a Hator: o sistro sagrado e o colar símbolo de fertilidade "menat".

A estrela "Sept" (Sirius) está associada a Ísis. O surgimento dela no firmamento significava o advento de um novo ano, e Ísis foi igualmente considerada a deusa do renascimento e da reencarnação, e como protetora dos mortos. O Livro dos Mortos descreve um ritual especial, para proteger os mortos, que permitia viajar em qualquer parte do mundo subterrâneo. A maior parte dos títulos de Ísis tem relação com o seu papel de deusa protetora dos mortos.

Mitologia

Quando visto como deificação da esposa do faraó em mitos tardios, o proeminente papel de Ísis foi como assistente do faraó morto. Desse modo, ela ganhou uma associação funerária, com o seu nome aparecendo mais de oitenta vezes nos chamados Textos das Pirâmides, afirmando-se que ela era a mãe das quatro divindades que protegiam os vasos canopos, nomeadamente a protetora da divindade do vaso do fígado, Imset. Esta associação com a esposa do faraó também trouxe a ideia de que Ísis era considerada a esposa de Hórus (outrora visto como seu filho), que era protetor e, posteriormente, a deificação do faraó. No Império Médio, da XI dinastia egípcia até à XV dinastia egípcia, entre 2040 e 1640 a.C., à medida que os textos funerários começam a ser utilizados por maior número de membros da sociedade egípcia, além da família real, cresce também o seu papel de proteger os nobres e até mesmo os plebeus.

No Império Novo (XVIII, a XIX e a XX dinastias, entre 1570 e 1070 a.C.), Ísis adquiriu proeminência como a mãe e protetora do faraó. Durante este período, ela é descrita como amamentando o faraó e é frequentemente assim representada.



Set ou Seth é o deus egípcio da violência e da desordem, da traição, do ciúme, da inveja, do deserto, da guerra, dos animais e serpentes. Seth era encarnação do espírito do mal e irmão de Osíris, o deus que trouxe a civilização para o Egito. Seth era também o deus da tempestade no Alto Egito. Era marido e irmão de Néftis. É descrito que Seth teria rasgado o ventre de sua mãe Nut com as próprias garras para nascer. Ele originalmente auxiliava Rá em sua eterna luta contra a serpente Apep na barca lunar, e nesse sentido Seth era originalmente visto como um deus bom.


Set ficou com inveja de Osíris e trabalhou incessantemente para destruí-lo (versões contam que Néftis, esposa de Seth, fora seduzida por Osíris, o que seria uma ressalva. Anúbis teria sido concebido desta relação). Auxiliado por 72 conspiradores, Seth convidou Osíris para um banquete. No decurso do banquete, Seth apresentou uma magnífica caixa-sarcófago (ataúde) que prometeu entregar a quem nela coubesse. Os convidados tentaram ganhar a caixa, mas ninguém cabia nesta, dado que Seth a tinha preparado para as medidas de Osíris. Convidado por Seth, Osíris entra na caixa. É então que os conspiradores, sits, servos do proprio Seth trancam-na e atiram-na para o rio Nilo. A corrente do rio arrasta a caixa até o mar Mediterrâneo, acabando por atingir Biblos (Fenícia). Ísis, desesperada com o sucedido, parte à procura do marido, procurando obter todo o tipo de informações dos que encontra pelo caminho. Chegada a Biblos Ísis descobre que a caixa ficou inscrustrada numa árvore que tinha entretanto sido cortada para fazer uma coluna no palácio real. Com a ajuda da rainha, Ísis corta a coluna e consegue regressar ao Egito com o corpo do amado, que esconde numa plantação de papiros.A inveja de Set

Contudo, Set encontrou a caixa e furioso decide esquartejá-lo em 14 pedaços o corpo que espalha por todo o Egito; em alguns textos do período ptolemaico teriam sido 16 ou 42 partes. Quanto ao significado destes números, deve-se referir que o 14 é número de dias que decorre entre a lua cheia e a lua nova e o 42 era o número de províncias (ou nomos) em que o Egito se encontrava dividido.
Suas ações fizeram com que a maioria dos outros deuses se voltassem contra ele, mas Seth achava que seu poder era inatacável. Hórus, filho de Ísis e Osíris, conseguiu matar Seth, que acabou identificado como um deus do mal. Em algumas versões Hórus castra Set ao invés de matá-lo.

Aparência

Set é intimamente associado a vários animais, como cachorro, crocodilo, porco, asno e escorpião. Sua aparência orelhuda e nariguda era provavelmente um agregado de vários animais, em vez de representar somente um. Ele também é representado como um hipopótamo, considerado pelos egípcios como uma criatura destrutiva e perigosa

Adicionais

Set é o deus do caos, do deserto e das terras estrangeiras. No Livro dos Mortos, Seth é chamado "O Senhor dos Céus do Norte" e é considerado responsável pelas tempestades e o mau tempo. A história do longo conflito entre Set e Hórus é vista por alguns como uma representação de uma grande batalha entre cultos no Egito cujo culto vencedor pode ter transformado o deus do culto inimigo em deus do mal.
NomeIconografia: corpoSer ou ente associadoCoroaCaracterísticas
Amon (Amen)
Homem
Carneiro
Duas plumas
Deus criador
Amonet
Mulher
Sapo
(Tebas) Coroa vermelha do Baixo Egito
Deusa do oculto e do poder que não se extingue
Ankt
Mulher
Abelha, besouro
Coroa de penas
Deusa da guerra
Anit
Mulher
Corpo de Mulher ou ladrilho
Deusa da guerra
Anúbis (Kratos)
Homem
Cão egípcio (Chacal)
Deus da mumificação e da vida após a morte
Anukis (Anuket)
Mulher
Gazela
Toucado de plumas
Deusa do Nilo e da água
Ápis (Hepu)
Boi
Boi
Disco solar
Deus da fertilidade
Aton (Iten)
Disco solar com raios
Sol
Deus solar criador
Atum (Itemu)
Homem
Fênix ou carneiro
Coroa dupla
Deus solar criador
Bastis (Bastet)
Mulher
Gata
Deusa solar protetora da casa
Cnoumis (Khnum)
Homem
Carneiro
Coroa Atef
Deus da Criação
Geb (Keb)
Homem verde
Terra
Ganso
Deus criador
Hapi (Hep)
Homem barrigudo
Rio Nilo
Flor de lótus
Deus das inundações
Hathor (Hut-Hor)
Mulher
Vaca
Disco solar
Deusa do amor e da felicidade
Hórus (Hor)
Homem
Falcão
Coroa dupla
Deus do Céu
Imutes (Imhotep)
Escriba sentado com um rolo de papiro
Sabedoria
Touca
Deus da medicina e dos escribas
Isis (Ast)
Mulher
Árvore
Trono
Deusa protetora
Khepri
Homem ou escaravelho
A transformação. Escaravelho
Deus solar autocriado
Khonsu
Homem
Falcão
Disco solar e Lua
Deus lunar, protetor dos enfermos
Maat
Mulher
Harmonia cósmica
Pena de avestruz
Verdade, Justiça e Harmonia
Meskhenet
Corpo de Mulher ou ladrilho
Mulher ou vaca
Dois vegetais curvados
Deusa protetora da maternidade e da infância
Min (Menu)
Humano itifálico
Touro branco ou leão
Duas plumas
Deus lunar, da fertilidade e da vegetação
Month (Montu)
Homem
Falcão
Disco solar
Deus solar e da guerra
Mut
Mulher
Abutre, vaca ou leoa
Coroa dupla
Deusa mãe, origem do criador
Néftis (Nebet-Het)
Mulher
Milhafre
O seu hieróglifo
Deusa das trevas
Nekhbet
Abutre ou Mulher
Abutre
Coroa hedjet
Deusa protetora, dos nascimentos e das guerras
Neith (Net)
Mulher com arco
Coruja, abelha, besouro, etc.
Coroa decheret
Deusa da guerra e da caça
Nut
Mulher com corpo arqueado
A abóbada celeste
Jarro de água
Deusa do céu, criadora do universo
Ofois (Upuaut)
Cão negro de cabeça branca
Cão negro ou chacal
Deus da guerra e do Tuat
Osíris (Asar)
Homem mumificado
O Grande Juiz
Coroa hedjet
Deus da ressurreição
Ptah
Homem mumificado
O Nun original
Touca
Deus criador e dos artesãos
Homem
Falcão
Disco solar
Deus Solar, demiurgo
Satis (Satet)
Mulher
Antílope
Coroa hedyet
Deusa protetora do faraó
Sacmis (Sekhmet)
Mulher
leoa
Disco solar
Deusa da guerra
Selkis (Serket Heru)
Mulher ou leoa
Escorpião
Escorpião
Deusa protetora da magia
Serápis (User-Hep)
Homem barbudo
Touro
Cesto
Deus oficial do Egito e da Grécia
Seshat
Mulher
A astronomia
Estrela
Deusa da escrita e do calendário
Seth (Suti)
Homem
O deserto
Deus protetor/destruidor e do mal
Shu (Chu)
Homem
A atmosfera. Leão
Pluma
Deus do ar e da luz
Sokaris (Sokar)
Homem mumificado
Falcão
Coroa Atef
Deus das trevas e do Tuat
Sotis (Sopdet)
Mulher
A estrela Sirius. Cão ou milhafre
Coroa hedyet
A mãe e irmã do faraó
Sucos (Sobek)
Homem
Crocodilo
Coroa Atef
Deus do Nilo
Tatenen
Homem
A Colina primordial. Carneiro ou serpente
Cornos retorcidos e duas plumas
Deus criador e do que nasce em baixo da terra
Tefnet (Tefnut)
Mulher
Leoa
Disco solar e dois uraeus
Deusa guerreira e da humildade
Thot (Djehuty)
Homem
Íbis ou mandril
Disco solar
Deus da sabedoria e da escrita
Tueris (Taurt)
Mulher
Hipopótamo
Disco solar
Deusa da fertilidade e protetora das Mulheres
Uto (Uadjit)
Mulher ou cobra
O calor ardente do Sol. Cobra ou leoa
Coroa decheret
Deusa protetora do faraó

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