WAJI

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Dentre os diversos ingredientes utilizados nas receitas do Candomblé, os pós de axé talvez sejam os de maior destaque. Efun, Osun e Waji são seus nomes e cada um deles tem utilizações e significados amplos, sendo indispensáveis em praticamente todos os rituais de limpeza e fortalecimento espiritual. Esses pós de axé também representam uma forma de proteção contra as forças maléficas das três principais Iyami Àjé - as feiticeiras ancestrais -, impedindo-as que pousem sobre as pessoas. A combinação desses elementos também tem como objetivo vincular todo o axé - a força espiritual - transmitido ao noviço durante os ritos da iniciação.
De todos eles, o Waji talvez seja o mais conhecido e difundido fora dos terreiros, sendo amplamente recomendado para a limpeza energética das casas, empresas e de pessoas. O Wáji é um tipo de pó azul, chamado pelo povo de santo de indigo, resultante da mistura de minerais cuja composição é Sódio, Alumínio e Silicato. Símbolo da idealização e transformação, representa a noite e o movimento, a saída da estagnação, e tem o objetivo de proteger contra todos os males espirituas, materiais e psiquicos.
Hoje em dia já é possível encontrar facilmente o Waji africano em lojas especializadas; porém, até alguns anos atrás, esse ingrediente era comumente substituído pelo anil em pó nos rituais de limpeza espiritual. Os rituais de limpeza com Waji ou Anil trazem luz à escuridão espiritual, afastando os espíritos de baixa vibração e dispersando eventuais energias negativas que, com o tempo, se acumulam por todos cantos dos ambientes, deixando-os com energia ruim e pesada.
Em nossos momentos de depressão, de tristezas, habitando em lugares de conflito constante, viramos alvo desses desencarnados com mais facilidade… Eles se fixam nos batentes das portas, nas costas e à altura do pescoço (trazendo a sensação de "peso" às pessoas) e nos locais gelados e úmidos como os banheiros e almoxarifados, por exemplo, especialmente naqueles famosos quartinhos no fundo da casa entulhados de coisas velhas sem serventia nenhuma para os viventes dessa casa.
Por esse motivo, os rituais de limpeza espiritual com o Waji também despertam a coragem e a força de vontade nas pessoas, trazendo paz e harmonia em seus caminhos para que sejam capazes de buscar seus maiores objetivos com a cabeça e o coração tranquilos e focados na vitória. Além disso, estudos comprovam a eficiência medicinal do anil e de suas propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, que podem vir a ser úteis no tratamento de doenças inflamatórias intestinais, como a colite ulcerativa e a Doença de Crohn.
Gostou? Pois fique ligada nas próximas postagens do blog! Na sexta-feira eu vou ensinar um ritual de limpeza para eliminar as energias negativas da sua residência e trazer hamoniza para o convívio em família!
Waji, Elú ou Arò(vegetal negro)-LONCHUCARPU CYANESCENS.

Tinta AZUL em forma de pó petrificado de origem vegetal, o qual busca a representação do SANGUE NEGRO, simbolizando a noite e a relação de Ancestres ligados à escuridão.

As partes frescas são contundidas a uma polpa fermentada, seca e vendida nesta forma. As folhas somente são secadas ao sol e são usadas em um estado quebradiço.

REPRESENTA O ANOITECER.

Este pó azul é utilizado em inúmeros rituais do Candomblé, principalmente para assentamento de ORISÁS e na feitura sobre a cabeça do Yawô.
Símbolo da idealização, transformação, direcionamento com o objetivo de proteger contra todos os males espirituais, materiais e psíquicos, principalmente da negatividade de IYAMI.

O WAJI é um elemento muito importante no culto aos Orisás, uma vez que juntos com outros elementos, ajuda a proteger a cabeça dos Yawôs.
Segunda a crença africana, essas pinturas impediriam que as ELEYÉS(AVES LIGADAS AS IYAMI'S) pousassem no ORI(cabeça) dos iniciados, pois caso isso ocorresse, seria um desastre para a vida dessa pessoa.

O WAJI representa a cor DUNDUN(PRETA), o sangue azul que vem das folhas. Existem diversas espécies que podem ser utilizadas para a produção de corantes azuis como a ISATIS TINCTORIA, INDIGOFERA TINCTORIA e o LONCHUCARPUS CYANESCENS.

Segundo alguns relatos, as duas primeiras não seriam utilizadas para a produção do WAJI tradicional, sendo apenas usadas para a confecção do ANIL(PÓ, USADO PARA TINGIR JEANS, POR EXEMPLO). 
O verdadeiro WAJI, seria portanto retirado do processo de fermentação das folhas do LONCHUCARPUS SP, que é conhecido pelo nome Íngigo Africano ou Índigo Iorubá.

O processo da fabricação desse corante, era complexo e exigia grande perícia, sendo cercado de prescrições e proibições rituais.
Era tão importante, que os tintureiros Iorubás cultuavam até uma divindade específica para essa finalidade.(IYÁ MAPÔ)
O pano tingido de Índigo significava riqueza, abundância e fertilidade.

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