Yemanjá, a bruxa das águas

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E foi nas ondas do Mar
Que entreguei os meus problemas 
E aprendi a confiar 
Que todo mal não dura para sempre 
E que a paz é uma semente que precisa semear 
E no horizonte de um mar tão infinito 
Iemanjá me acolheu e meu deu um mundo tão mais bonito 
Eu abri meu coração, ela me estendeu a mão 
E entreguei meu caminhar a Iemanjá ⚓
Esta Deusa Lunar das Mudanças, é considerada Rainha dos Mares es dos undos, a sua abrangência na Vida é bastante ampla.
Ela rege o destino das coisas que precisam ser modificadas, e traz novo alento a todos aqueles estão submergidos em problemas.
Iemanjá rege a mudança no ritmo da Vida, pois ela esta ligada ao Elemento Água.
Ela preside os rituais relacionados com o nascimento e a volta as origens, que é a morte, e também aos movimentos que se caraterizam pelo desenvolvimento das coisas, e dos projetos, assim como a expansão e a propagação de novas ideias.
Os rituais principais dedicados a Ela, celebram-se o dia 2 de Fevereiro.
O arquétipo de Iemanjá, assim como o da Deusa Artemis, é responsável pela identificação que as mulheres experimentam de si mesmas, e que as leva a sua própria individualidade.
Quando a Deusa Iemanjá dança, ela corta o ar com uma espada em sua mão, simbolizando com esse corte um ato psíquico que conduz a individualização, pois ao separar as coisas, deixa somente aquilo que é necessário para que a individualidade aconteça.
A Espada Dela, símbolo do Poder Cortante, que permite discriminar e ordenar os aspectos da psique, também pode levar ao abraço de sereia da Deusa, que é a morte.
Quando dança, a Deusa coloca a mão na cabeça, indicando assim a sua individualidade e por isso, é chamada de”Yá Ori”, ou “Mãe de Cabeça”.

No ritmo dos tambores, Ela toca a nuca com a mão esquerda, simbolizando o passado da humanidade, o “Mar do Inconsciente Cósmico”, a nossa origem eterna, a e a testa com a mão direita, significando o futuro em direção à consciência e a individualidade, de cada um de nós.
A Deusa Iemanjá dança o seu Poder representando a origem mitológica da humanidade, unindo o passado e o futuro, materializando um presente sempre eterno, através do despertar da consciência do que somos aqui e o agora, neste exato momento de nossa existência, pois sem passado não ha futuro, sem saber de onde viemos não sabemos o que somos, nem para onde vamos.
Sendo assim, Ela nos lembra em seus rítmicos passos, que a totalidade está na união dos opostos, do consciente com o inconsciente, do passado com o futuro, e dos aspectos masculinos com os femininos, que existem em todos nós.
As mulheres que estão em íntima conexão com esta Deusa, conhecem seus ciclos lunares, e como ele afeta suas vidas ao relacioná-las com as fases do astro prateado, aceitando em si mesmas a presença inegável do vai e vem das marés da Vida e do Amor, berço do rico psiquismo feminino.
Compreender e aceitar Iemanjá, equivale a compreender e aceitar a nós mesmas, por que este entendimento, nos encaminha à nossa individualidade, à descoberta dos Ser único que somos, como somos e porque de nossa existência.
O mito desta Deusa das Águas, é o mito de toda mulher, enquanto Criadora e força motriz de toda Vida, que não só omeça na água, como depende dos ciclos da Lua, intensamente vividos por nós, e que propaga a existência, nas mudanças de todas as coisas, num interminável nascer, viver, morrer, e novamente renascer, nas “Águas da Mãe Iemanjá”.



  • Atribuições: Deusa do oceano, da água corrente, do ano novo, da família e da fertilidade
  • Símbolos: Peixe, a cor azul, conchas, a lua crescente e o número 7
  • Local: África 




Considerada a Mãe de toda a vida, Yemanjá é uma Deusa africana extremamente amorosa e protetora. É dito que ela cura a infertilidade feminina e conforta aqueles em desespero. Assim como a água, ela representa mudança e constância, trazendo vida, protegendo-a e mudando-a conforme necessário. Geralmente é calma, mas quando fica nervosa pode ser tão destrutiva quanto uma tempestade em alto mar.
O mito dessa Deusa conta que ela é filha de Obatalá, o criador do mundo, e que ela teve um filho com o seu irmão Aganju, chamado Orungã. Quando adolescente, ele se rebelou contra o pai e estuprou violentamente sua mãe. Quando ameaçada de estupro por ele uma segunda vez, Yemanjá fugiu para o topo de uma montanha, onde o amaldiçoou até que morresse.

Do alto da montanha e em imensa tristeza, a Deusa decidiu dar fim à sua vida, inundando o mundo enquanto morria e criando os 7 mares. Dos seus ossos nasceram Obafulom e Lyaa, os primeiros humanos. Dizem que um dos presentes deixados à humanidade por Yemanjá é uma concha do mar, na qual sua voz pode ser ouvida quando encostada na orelha.
Yemanjá também é conhecida como Yemaya, Yemana, Yemoja, Janaína e Mãe D’água. A origem de seu nome vem da expressão africana “Yeye omo eja” que significa “mãe das crianças que são como peixes”, “aquela que protege suas crianças”, traduzindo seu espírito maternal, marítimo e fértil.

Ensinamentos da Deusa


Vista às vezes como uma sereia ou uma bela mulher em pé sobre as ondas do mar, Yemanjá é uma Deusa de conforto e inspiração. Quando se trata de se importar com os outros, ela é sincera e reconfortante, e tem um amor por crianças sem igual.

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